Onde o tempo parou




Um misto de estranheza e encantamento, ver estas aldeias, bonitas e mágicas, quase desertas.
Admirar a vida de quem ainda está por cá, louvar a paz e a autonomia que conseguiram porque não há outra opção. Lamentar o abandono e a faixa etária tão alta que se torna fácil prever o futuro destes sítios - deixarão de ter vida. Passarão a ser casas fechadas à espera do mês de Agosto, quando a descendência volta para as férias.
A rede de telefone vem de Espanha, não há lojas. O médico fica à distância de vinte euros num táxi. O padre vem de 15 em 15 dias. A festa é uma vez por ano.
Uma pena ver sítios assim, com tantas coisas únicas e bonitas, serem deixados no esquecimento de quem manda. Lamentável não se criarem mais incentivos para pessoas mais jovens poderem voltar ao interior e aprenderem a construir o que nunca vão conseguir nas cidades.
Quem ficará para contar as histórias do que se viveu aqui?










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