Day-spring



Acordar com o sol ainda a nascer e a lembrar que os dias estão a ficar mais curtos. Daqui a um mês, nestes dias em que acordo mais cedo, será de noite. 
Arrasto a bicicleta ainda ensonada para fora de casa e deparo-me com as ruas desertas. Há sempre algo de mágico no amanhecer de uma cidade [recordo um amigo que, cansado de cardumes de turistas, e não querendo deixar de conhecer alguns destinos clássicos na europa, dizia que a alternativa era conhecer as cidades durante a madrugada, contemplar monumentos sem multidões à volta, conseguir sentar-se e apreciar a serenidade que alguns sítios nos trazem].
Todos os dias, percorro este caminho a reconhecer a sorte que tenho por não ter que me enfiar em transportes públicos ou em filas de trânsito (ao final da tarde, quando tenho que subir quase sem descanso, o discurso já vacila um pouco...). 
Sem dar por ela, cheguei. O sol vai subindo na praça. O cheiro a café vai surdindo no ar. Há janelas por abrir e listas de tarefas para encarreirar. Riscar uma a uma, o mais depressa possível para depois abrir a minha lista de tarefas preferida. Hoje, a tarde é livre e por minha conta!

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