Summer life tales

E de repente sou só vontade de escrever. Sobre tudo. De relembrar todos os momentos. Há quem diga que a minha memória é assustadora, mas não é sempre assim. Quando sinto os momentos especiais a fugirem de mim corro atrás de etiquetas para os assinalar, de fita cola para prender as fotografias, de sarabiscos na minha agenda, de palavras para que recordar o que foi. E não é só pelo que foi. É porque ter esses momentos presentes me faz ser hoje. Faz-me andar com sorrisos, perceber porque tudo me parece colorido mesmo nos dias cinzentos, e ir buscar forças quando nada parece fazer sentido e o mundo parece querer sugar-nos todas as nossas energias.

Assim, num fôlego, o verão tem voado! Por vezes com aquela sensação de que a 2ª feira vem logo a seguir à sexta, e até que a sexta fica próximo da segunda... Dizem que é assim quando se vive muito e muito intensamente. 

Apetece-me escrever sobre tudo porque não quero que nada se me escape da memória. Nada. Nem os passeios de mota até sítio nenhum. Nem os copos de vinho branco e um abraço na varanda, por vezes quase como bolhas de dias mais difíceis. De mergulhos no mar. De mergulhos no rio. De petiscos a espalhar aromas pela casa. De estrelas do mar. De mesas cheias de amigos. De caipirinhas. De areia nos pés. De fogareiros acessos. De passeios madrugadores. De piscinas. De sardinhas assadas. De família com braços abertos. Nem dos pôr do sol na Costa Vicentina. Nem das viagens com a prancha em cima do carro. 

Ouvi dizer que o verão dura três meses e a paixão dura sete, mas o que sinto é que vai ser para sempre. 

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