E se...?



Temos falado muito disso, sempre como uma ideia longínqua.
E se um dia saíssemos da cidade? E se vivêssemos um bocadinho mais longe?
Se procurássemos um sítio mais calmo, onde os segundos demorassem mais a passar, onde não nos sentíssemos atropelados pelas obrigações e onde tivéssemos mais tempo para desfrutarmos das coisas simples e boas, de estarmos simplesmente uns com os outros?
Um sítio onde as crianças pudessem andar na rua sem medos e as bicicletas ficassem apoiadas na entrada sem que ninguém as levasse. Onde as coisas cheirassem mais a terra e não houvesse filas - no supermercado, no trânsito.
Onde soubéssemos de onde vêm as coisas que comemos, onde tivéssemos tempo para dar passeios longos ao final do dia, como ontem.
Onde o início e o fim dos dias fosse mais ditado pelo nascer e pelo pôr do sol e menos pelos despertadores.
Vamos falando disso, fazendo exercícios e imaginando como seria. Do que iríamos sentir falta, como conseguiríamos manter os empregos na cidade, para onde nos mudaríamos...
Até que isso aconteça, um dia, vamos aproveitando as coisas boas dos sítios que nos rodeiam.

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