Janeiro fora, cresce uma hora

Janeiro foi embora. Foi rápido. Parece que ainda ontem estávamos à volta da mesa a contar as passas e a pedir desejos.

Já passou. O que é bom, porque é um dos meses que menos gosto. Janeiro e Fevereiro. São rigorosos e austeros. Medem a resistência. Em Março já se começa a olhar para a Primavera e para os dias a ficarem mais luminosos e maiores.
Passou tão a correr que até é mau. Confirma aquela sensação angustiante do "é tão bom, não foi?". O tempo a comandar-nos em vez de nós a ele.

Olho para a agenda para tentar decifrar o que aconteceu neste mês que voou. (Escrevinho sempre as coisas mais importantes que aconteceram para, em momentos como este, ir atrás e comprovar que aconteceram mesmo.) E é com surpresa que percebo que esteve tão preenchido.

Imensos pretextos para amigos reunidos. Imensos serões de sofá, manta e filme. Muitos jantares de sushi. Um fim-de-semana na neve. Muitas corridas e uma meia maratona já completa logo no início do ano. Tardes sentadas à frente da máquina de costura a começar finalmente a usufruir da minha prenda de Natal de mim para mim. Arrumações lá em casa a resultarem num espaço de trabalho onde dá vontade ficar. Retomar A Rainha das Cores, voltar às encomendas, reunir e discutir novas ideias e caminhos.

Ao mesmo tempo, um mês cinzento. Frio. Feio. Em que fiquei sem carro e tive que me lançar p'rá rua de galochas e guarda-chuvas cada vez maiores. Em que durmo mal sem perceber porquê. Em que acordo com um nó na garganta que incomoda ainda mais por ser novo e estranho. 

Reunir todos os 'anticorpos' contra a tristeza - dar o alerta amigos, fazer playlists de música 'dançante', abusar nas cores das roupas, dar mimos especiais a mim mesma, vitaminar! 

E todos os dias, isto: O melhor do meu dia


Sem comentários: