tag:blogger.com,1999:blog-33112496064077036512024-03-06T03:59:39.850+01:00A Rainha das Coresa rainha das cores roupa criança imaginário camisolas t-shirts rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.comBlogger203125tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-7178606580288799332020-01-13T22:55:00.002+01:002020-01-13T22:55:48.276+01:0013.01.2020Dia passado em arrumações. Mudamos finalmente o quarto dos miúdos. Os mais pequenos ficam os dois juntos. <div>A Ema chega da escola e dá saltos histéricos. Quer acordar o irmão para lhe mostrar tudo. Com o barulho acaba mesmo por acordar e parecem doidos de alegria e excitação. Bricam hora s e horas seguidas, exploram a novidade e parecem cada vez mais inseparáveis. Demorou mas foi!!</div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-62240684096090656682020-01-13T22:50:00.003+01:002020-01-13T22:50:38.819+01:0012.01.2020Se há dias em que é preciso foco para fazer ressaltar o positivo, há outros que são perfeitos, do início ao fim! <div>É impossível escolher um momento. Ainda assim... </div><div><br></div><div>Ema </div><div>Ver-te tão crescida e destemida e acima de tudo tão felliz, a ir passando do skate para os patins e bicicleta numa manhã ao ar livre cheia de sol. </div><div><br></div><div>Du </div><div>Irmos os dois ao supermercado e dar-te um carrinho das compras pequenino e lá vais tu todo importante a escolher pão e iogurtes e a empurrar o carrinho. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-25199588667694577842020-01-11T23:59:00.001+01:002020-01-11T23:59:28.281+01:0011.01.2020Ema <div>Mãe, de todo o mundo eu queria que não tivéssemos que dormir, que fosse verão, que não houvesse maus e que pudéssemos ver sempre televisão. </div><div><br></div><div>Du</div><div>O dia foi tão preenchido que desta vez é difícil escolher um momento. Foram tantos... Vou-me ficar com a memória da tua cara de sorriso rasgado. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-67980088364096117522020-01-11T01:01:00.002+01:002020-01-11T01:01:30.093+01:0010.01.2020Ema <div>Ver-te brincar horas e horas com uma amiga com os vestidos de princesa e todos os outros disfarces tirados do baú. </div><div><br></div><div>Du </div><div>A manhã passada no parque da cidade atrás dos galos.</div><div>A praia, onde apesar do frio podemos caminhar ao sol e brincar na areia. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-250783197400135112020-01-09T23:20:00.000+01:002020-01-09T23:20:13.484+01:0009.01.2020Ema <div>Vou-te buscar a escola e vejo o teu desenho sobre as férias de Natal. 'Fui para Baião. Fomos para a piscina. Dormi na casa da vovó muitas vezes.' </div><div>E lá estávamos no desenho, eu, uma piscina redonda e tu e o Dudu juntinhos. </div><div><br></div><div>Du </div><div>Há fases da vossa vida em que tudo parece andar à volta do sono. Se dormiram, se não dormiram. A que horas acordaram, a que horas começou a sesta e se já foram dormir tarde ai que não podemos deixar dormir muito porque senão à noite não dorme, ou o ai que a estas horas não pode adormecer no carro e vamos a cantar a viagem toda. </div><div>E hoje foi um desses dias. Resistes ao sono, só fazes a sesta já vem tarde, temos que te acordar para não ficar muito grave, acordas mal disposto e é assim mesmo que ficas até jantarmos e ser finalmente hora de ir dormir outra vez. A parte boa? Olhar para ti enquanto dormes e ter que me beliscar para me convencer que é mesmo real - a tua beleza é imensa, és meu filho, e posso ficar assim a admirar-te todos os dias. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-60595533294235122142020-01-09T11:32:00.000+01:002020-01-09T11:32:00.391+01:0007.01.2020Ema <div>Hoje levo-te a ver uma aula de ginástica como te tinha prometido. A ânsia é tanta que corres para a professora sem sequer olhar para trás e durante duas horas fico a ver-te a dar cambalhotas, fazer piruetas, treinar o pino e a dar saltos na cama elástica. </div><div>Olho para ti ao longe e nem consigo acreditar que já vais fazer cinco anos. O corpo a ser percorrido por um misto de orgulho e amargura. Será que algum dia vou decifrar este mistério que é o tempo?</div><div><br></div><div>Du </div><div>Vês a Ema a ir para a ginástica e começas a pedir com os teus gritos imperativos que te tire as sapatilhas. Como fazer-te aceitar que és pequenino e não podes ir? Uma crueldade...</div><div>Lá encontro um salão vazio com um colchão e ficamos só os dois. Para ti é suficiente. </div><div>Fico a olhar para a tua alegria a correr e a atirares-te de forma desamparada (e desengonçada) para o colchão e fico com uma ponta de inveja. A vida é isto - encontrar a felicidade absoluta num colchão e desafiar a gravidade uma e outra e outra vez. E gargalhadas </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-13903184536321582562020-01-09T11:22:00.002+01:002020-01-09T11:22:53.637+01:0008.01.2020Ema <div>'Mamã podes contar uma história tua quando eras pequenina?'</div><div>Esta pergunta inúmeras vezes ao longo do dia, a fazer-me puxar pela memória e reviver a minha própria criança interior. </div><div><br></div><div>Du</div><div>Vamos ao parque ao fim do dia, quase de noite, quase 5 graus. Mas temos connosco animo e casacos quentinhos por isso temos tudo o que é necessário. </div><div>Enquanto a tua irmã inventa piruetas no baloiço tu preferes apanhar todos os pauzinhos do parque e fazemos uma construção. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-86038358146479692602020-01-09T00:38:00.003+01:002020-01-09T00:38:33.642+01:0006.01.2020rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-5567855175178234902020-01-09T00:38:00.001+01:002020-01-09T00:38:01.967+01:0005.01.2020rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-4756139576609662782020-01-09T00:37:00.001+01:002020-01-09T00:37:40.882+01:0004.01.2020rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-63784214151548997622020-01-09T00:36:00.001+01:002020-01-09T00:36:39.949+01:0003.01.2020Quando me propus, eu comigo mesma, a escrever mais, foi simplesmente porque senti saudades e a vontade a voltar. E quando achei engraçada a ideia de escrever, todos os dias, nem que fosse uma linha sobre cada um de vocês, foi porque é tamanha a rapidez com que a vida rola, porque é super real o clichê que diz que piscamos os olhos e vocês são adultos. Mas também porque tem dias que são tão custosos que parecem que não acabam nunca. <div>Então nesta dicotomia do tempo, que ora voa ora empanca, decidi que parar e escrever seria uma espécie de testemunho, de certificado de presença. </div><div>Isto é real, aconteceu, e mesmo que no meio de tanta privação de sono, fraldas trocadas e por trocar e vozes agudas a pedir lanchinhos, eu (nós) estivemos cá, sempre, a dar o nosso melhor, e a perder-nos de encantamento por vocês, a cada passo. </div><div><br></div><div>Dito isto...hoje foi um daqueles dias em que foi difícil escolher um "momento" porque... *birraparasairdecasabirraparavestircasacobirraparasentarnacadeiradocarro*, então não vou sequer fazer distinções e vou apenas insuflar o coração com o bom que é ver-vos a brincar juntos (e tanto que demorou a chegar está fase). Mesmo que brincar juntos implique ter três ataques e dar 2 berros e meio por vos ver quase a cair de um muro ou a correr desalmadamente pelo restaurante fora e irem contra o empregado ou passarem com a cabeça a 0,001 cm da esquina da mesa ou quando finalmente penso que acalmou dar com vocês a brincar com a piaçaba. </div><div>Se calhar devia ter ficado pelo 'ver-vos a brincar um com o outro'. Há dias em que uma mãe não consegue explorar mais. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-40604534032076634622020-01-09T00:15:00.001+01:002020-01-09T00:15:47.484+01:0002.02.2020Ema <div>Levar-te a andar de bicicleta e ver-te a conseguir andar sem rosinhas. Primeira a bicicleta a balouçar e depois ganhas coragem e lanço e descobres que consegues! O orgulho salta-te pelos olhos e pelo sorriso rasgado mas não te podes distrair muito porque a bicicleta não pára! </div><div>Vamos ao parque, trepas o escorrega pelo lado, equilibraste numa barra que treme. Outros pais estremecem e dizem 'cuidado, vais cair' e eu respondo que não, que és muito aventureira e estás habituada. </div><div>Ao fim do dia, no caminho para casa, dizes-me que se algum dia um ladrão entrar em nossa casa lhe dás a mão e quando ele não estive a contar o mordes com força. Ultimamente falas muito de ladroes e prisões. Seguimos caminho enquanto partilho mais alguns truques de auto defesa até começar a pensar que os teus irmãos poderão vir a sofrer com muita desta informação e mudar de conversa. </div><div><br></div><div>Duarte </div><div>Ainda chego a tempo de te deitar para a sesta - os meus dias preferidos! Agora pedes imperativamente 'cama! Dormi! Pato (e estendes o sapato para que to tire)' 'ôto pato', meia, ôta meia! </div><div>E lá ficamos assim na ronha, <span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">uma eternidade e meia até te renderes e adormeceres. </span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Quando acordas fazemos bolo de banana (banana pumba!) e sumo de laranja. Porque dias frios precisam de mimos extra</span></div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-59760854447969919632020-01-09T00:04:00.001+01:002020-01-09T00:04:02.877+01:0001.01.2020Ema <div>Passar a meia noite com a minha filha ao colo e emocionar-me ao pensar que entramos numa nova década. Tanto aconteceu e tanto para caminhar. Gratidão profunda. <div>Sentar no chão e continuar a jogar uno. Apreendeste a jogar e ninguém te pára, não é a euforia dos presentes que vai interromper o jogo. Consigo por-te na cama quase às duas da manhã. Acampamento em casa de amigos, colchão no chão, berço das bonecas ao lado. Tu a dares beijinhos a todas, uma a uma. Até amanhã. </div><div><br></div><div>Duarte </div><div>Basta ouvires música a tocar mais alto e corres para lá, afastas as pernas, dedos indicadores apontados para o ar e começas os teus passos de dança. Que dancemos muito e em toda a parte durante todo este ano! </div><div><br></div><div><br></div></div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-55982366138071946732020-01-08T23:55:00.001+01:002020-01-08T23:55:28.964+01:00Escrito nas últimas horas de 2019Mais um final de um ciclo. Chego ao final do ano cansada, constipada. Exausta. <div>Sento-me por uns instantes ao final do dia sem o alento de saber que vou passar a meia noite em frente à fogueira. </div><div>Estou simplesmente cansada e é por aí que quero começar - no próximo ano quero aprender a parara e a descansar. E dormir. Aaaah como quero dormir! </div><div>E quero escrever. </div><div>Quero continuar esta viagem de auto conhecimento e auto-cuidado. Ser cuidadora de mim mesma. </div><div>Quero ser amorosa com a minha família e conseguir um equilíbrio de amor, limites e presença. </div><div>Quero explorar mais a minha intuição, a minha magia. </div><div>Quero dançar mais. Não ser tão 'adulta'. Quero perder o medo e voltar a ser criança outra vez. </div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-64431334781682243382020-01-08T23:47:00.001+01:002020-01-08T23:47:04.898+01:002020Será que ainda existem blogs em 2020?<div>*enter*</div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-49602901755889972382019-02-18T12:27:00.002+01:002019-02-18T12:27:56.831+01:00Tanto tempo passou.<br />
Crescemos. Envelhecemos e enlouquecemos um pouco. Alargamos o coração. Geramos mais uma vida. Atingimos limites de cansaço que nunca pensaríamos ser capazes. Inventamos sempre novas formas de perseguir os nossos sonhos. Construímos uma cabana no campo para onde fugimos sempre que precisamos do cheiro da terra, de dançar à lua ou de ficarmos hipnotizados pelo fogo. Tentamos desvendar quem somos hoje, como pais e como pessoas individuais, o que deixamos para trás porque já não nos serve, o que queremos recuperar, o que queremos descobrir. Falamos calma e convictamente sobre nós, também nos zangamos e discutimos sobre o que queremos que mude. Percebemos sempre que no momento seguinte o amor continua lá e aprendemos a segui-lo, como quem segue duas mãos pequeninas que nos pedem para irmos com elas e nos acalmam o coração.<br />
<br />
<br />rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-43189129211937860372016-05-28T14:33:00.002+01:002016-05-28T14:33:30.601+01:00Imaginei-me a ter criatividade a sair-me dos dedos e momentos serenos durante as tuas sestas.<br />
Imaginei-me a escrever para ti ou sobre ti, como fiz nos teus primeiros meses.<br />
Sempre ouvi dizer que nos primeiros filhos se faz tudo - compra-se tudo novo, registam-se todos os momentos, assinalam-se datas para mais tarde poder dizer 'começaste a andar aos 11 meses', a tua primeira palavra foi 'óu-á'.<br />
Nada disto tem acontecido.<br />
O tempo passa, tão sorrateiramente e tão preenchido. Tudo o que estamos a viver é sempre tão cheio... Se calhar daqui a uns anos já não vou recordar como és destemida e gostas de trepar escadas, escadotes, mesinhas de cabeceira ou tudo o que te pareça levar para uma nova aventura. Ou como adoras estar na montra do meu trabalho a dizer olá a todas as pessoas que passam. Ou como mandas beijinhos e dizes 'au' a toda a gente, mesmo que ninguém te peça. Como danças desajeitadamente com um sorriso feliz ou como nos surges pela casa com um tambor na mão para te acompanharmos.<br />
Como nos pegas pelo dedo para nos levares onde queres e aí chegados nos puxas até ao chão para ficarmos ali contigo. Como acordas depois de uma noite em que despertaste umas 6 vezes e nos começas a dar beijinhos no escuro. Como comes com a tua mão desde os 6 e queres agora comer com colher sem ajuda de ninguém. Como adoras ir à rua, ao parque andar de 'dlim-dlão', ao palácio ver pavões e galinhas. Como ficas delirante quando vês o pai partir de mota e começas a apontar para irmos atrás dele. Como gostas de entrar nas brincadeiras dos meninos grandes e nas traquinices do mano.<br />
Quero contar-te tudo isso quando cresceres. Quero que saibas como renasci e descobri tanto de mim quando fui mãe. Quero que saibas como me esforcei todos os dias para que, apesar de ter um emprego, chegar ao fim de cada dia a sentir que o principal, em quantidade e em qualidade, tinhas sido tu. Quero lutar para que os senhores que governam o nosso país, percebam a importância da presença da mãe e do pai na vida das crianças, principalmente das crianças pequeninas como tu ainda és, para que no dia em que tu tenhas bebés, não tenhas que ser obrigada a separares-te do papel que mais queres desempenhar.<br />
Se calhar daqui a uns anos já não me vou lembrar das caras que fazias quando te perguntávamos onde está o nariz, a boca e os olhos. Quando me roubavas os cremes e uma fralda das tuas para ires tentar pôr a fralda a um cão de peluche. Nem quando nos tentavas entregar alguma coisa e dizias 'dáaaaa'. Ou das lutas desesperantes para te sentar na cadeirinha do carro, te pôr uma babete ou um chapéu na cabeça. Das vezes em que nos cuspiste sopa na cara toda contente ou do estado em que ficou o nosso tapete da sala de jantar.<br />
Não tive tempo para escrever. Não tive tempo para parar.<br />
Estive a fazer malabarismos para que ter-te comigo e poder levar-te a passear ao parque fosse sempre o principal.<br />
rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-8982768921520409822016-01-24T15:02:00.001+01:002016-01-24T15:02:28.266+01:00Em limpezasLi algures que uma simples constipação ou uma gripe são formas do nosso organismo fazer uma limpeza, uma vez que os vírus atacam as células que estão mais fracas ou danificadas por toxinas.<div>Visto desta forma, começamos o ano da melhor forma...</div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-66437743333261149562016-01-24T14:55:00.001+01:002016-01-24T15:02:47.074+01:00Um ano mágico2015 passou sem me deixar tempo para escrever sobre ele, de uma ponta à outra. <div>Sem me deixar respirar sobre tudo o que aconteceu.</div><div><br></div><div>Comecei o ano com muita calma, sem relógios nem agendas. Tudo ao ritmo de uma barriga grande, redonda e feliz. </div><div>Nasci como mãe quando a Ema veio ao mundo. Percebi depois que aconteceu mais do que isso. Percebi que já era mãe, mas que ainda não tinha encontrado a forma de concretizar essa parte de mim. E percebi finalmente que o que torna as mulheres distintas não são fraquezas, como às vezes nos fazem acreditar, mas forças, que mantêm o mundo, as casas, as famílias, existirem ao longo dos tempos.</div><div>Planeei ficar 6 meses em casa e aproveitar a ocasião para melhorar algo que não gosto em mim - ter dificuldade em parar, andar sempre a correr, pensar demasiado no que vem a seguir.</div><div>Os 6 meses encurtaram quando um amigo me propôs abrir uma guest house com ele. Disse que sim à primeira, o projecto era demasiado bom para a resposta ser outra.</div><div>Mudamos as licenças do avesso e o pai transformou-se no pilar para que tudo acontecesse como desejávamos - dar uma mão quando era preciso no trabalho, fazer um ou outro check-in à meia noite quando eu já quase não conseguia manter os olhos abertos, permitir-me ter a Ema sempre perto de mim enquanto trabalhava para conseguir amamentar até aos 6 meses, a meta a que nos tinha proposto. </div><div>Comecei a trabalhar a achar, lá no fundo, que tinha um sócio doido por ter confiado em mim. Voltar a ritmos de trabalho, conversas de adultos, horários estabelecidos, tão pouco tempo depois de ser mãe é numa altura em que a bebe decidiu que afinal queria acordar várias vezes por noite, foi uma aventura. </div><div>Passei o verão dividida. Tudo o que eu podia desejar profissionalmente estava a acontecer, mas queria ter passado os primeiros meses da vida do meu primeiro bebe de forma mais calma. Quis que o pai ficasse de licença para me ajudar, mas no fundo queria era estar no lugar dele e poder estar com a bebé o tempo todo, com toda a disponibilidade.</div><div>O verão voou, tivemos muito trabalho, com dias de cansaço extremo. No final, tudo correu bem. </div><div>Não houve férias nem viagens, mas uns dias na Costa Nova souberam ainda melhor por terem sido aproveitados ao máximo, com passeios pela praia, mergulhos, petiscos e corridas ao final do dia.</div><div>Os 6 meses de amamentação passaram e estamos quase a chegar aos 12.</div><div>Fiz as pazes com tudo. Percebi que apesar de ter tido que mergulhar no trabalho antes do que estaria preparada, fi-lo por um projecto que me inspira todos os dias, que é um reflexo do que sou, e que me dá o privilégio de juntar trabalho e família sem muitas complicações. Percebi que o pai fez o melhor durante a licença, muitas vezes diferente do que eu faria, mas nunca pior, e que com esses meses eles tiveram uma oportunidade impagável de se conhecerem e de criarem uma relação cheia de cumplicidades. </div><div>Senti na pele o desafiante que é para um casal ter um filho. Senti pura inveja muitas vezes por não conseguir ausentar-me como um pai pode, dormir descansado como um pai consegue, ir sair com amigas sem pensar em mais nada. Deixei explodir isso algumas vezes, como se ele tivesse culpa dos bebés dependerem tanto das mães. Como se não tivesse sido opção minha continuar a amamentar. Fiz as pazes com as tamanhas exigências da maternidade e fortalecemos a noção que tínhamos de 'casal'. Sinto, todos os dias, que tenho comigo o melhor companheiro e o pai mais dedicado que conheço.</div><div>Perguntei muitas vezes 'onde estavam as outras mães', senti muitas vezes que me tinha deslocado em relação a amizades antigas e que a maternidade era um lugar um pouco solitário. </div><div>Fomos a um casamento bonito no final do verão e, do nada, conheci pessoas que me fizeram sentir que as conhecia desde sempre. Daí fui ter a outras mães incríveis, cheias de orgulho e amor, completamente rendidas a esta aventura e começamos algo muito bonito e que já ansiava desde grávida - grupos de mães e mulheres que se ajudam entre si, onde nos sentimos seguras para partilhar, para aprender umas com as outras, para crescer, para dançar, para nos nutrir. </div><div>Passei a frequentar um sítio que sinto como casa, onde tive a oportunidade de conhecer outras mulheres e que me ajudou a despertar para o sagrado feminino.</div><div>Voltei a correr uma meia maratona com o melhor tempo de sempre.</div><div>Consegui dormir durante o dia uma dúzia de vezes, o que é outro record de louvar.</div><div>Consegui sobreviver sem dormir uma noite decente nos últimos 6 meses sem provocar estragos de maior.</div><div>Tenho mais facilidade em parar, porque é fácil render-me ao que é ver um bebé a crescer e a explorar o mundo.</div><div>Continuo a correr e a sentir o tempo a voar, mas passou a fazer todo o sentido. Agora sei para o que corro e o tempo ganhou outra dimensão. </div><div>Olhando para trás, 2015 foi sem dúvida o ano mais transformador. </div><div>Estou grata, muito, por tudo o que veio até mim e com muita força para continuar fazer tudo acontecer.</div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-28796371609533051872015-10-22T12:04:00.001+01:002015-10-22T12:04:59.365+01:00<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>Ontem o pai saiu. A casa mergulhou num silêncio estranho.<br>Tudo muda. Deixa de haver horas, conversas de adultos, um bebé aos saltinhos porque o pai chegou. Deixam de existir outras duas mãos. As costas chegam ao final do dia a doer mais e percebo que preciso de fazer um esforço extra que tudo esteja.</span><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Desta vez vou querer que a semana passe depressa.</span></div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-649414776487763712015-10-22T11:59:00.001+01:002015-10-22T11:59:57.015+01:00Provas de amor nos dias de hoje<div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>Quando, prestes a ausentar-se por 10 dias me pergunta:</div><div>- não vais ver o episódio de Homeland sem mim, pois não?</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div>rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-43961290689616962222015-10-18T12:42:00.000+01:002015-10-22T12:02:24.761+01:00Tenho estranhado a falta de capacidade de escrever.<br>
Não é que precise de o forçar - não tenho prazos nem metas a cumprir. Mas escrever sempre me fez bem e gosto dos registos que ficam. São como testemunhos do que vivemos.<br>
Gosto de revisitar este e outros blogs que tive e recordar onde estava há um ano atrás.<br>
Mesmo sem pressão, pensei que a maternidade me sairia farta em letras - tanto a acontecer, tantas estreias. No entanto, passaram 8 meses e as palavras vão-se mantendo cá dentro. Há sempre algo para fazer, um colo para dar, roupa para lavar, momentos para namorar e lembrar que não somos só pais.<br>
Mas tenho saudades. E tenho pena que os dias e as sensações que eles trazem não passem dos dedos.<br>
Tenho medo de me esquecer.<br><br><br>
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Poder sair de casa ao final do dia com a família toda para nos perdermos no meio de árvores. <div>
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rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-64104436690654066422015-10-08T11:52:00.001+01:002015-10-08T11:52:23.790+01:00De volta aquiTive um blog desde que há blogs pelo mesmo motivo que sempre tive diários. Para escrever sobre o o dia-a-dia, para me distanciar do que acontece e poder refletir, para parar o tempo, para recordar o que aconteceu. Para contrariar a sensação de que o tempo passa a voar. Para ler o que aconteceu há um ano atrás e constatar que tanta coisa mudou mesmo quando parece que não aconteceu nada.<br />
Num certo momento A Rainha das Cores passou a ser um bocadinho mais que um diário. Um projeto nasceu, e o blog passou também a ser a plataforma para divulgar as peças de roupa que íam sendo imaginadas e costuradas pelas minhas mãos. Quando descobrimos que um bebé estava a caminho tudo fez ainda mais sentido. Imaginei a criatividade a crescer ao mesmo tempo que a barriga. Pensei que os meses que teria de licença seriam a fase ideal para que algo maior crescesse. Mas a vida não quis que fosse assim, e outro novo projecto nasceu quando a E. era ainda muito muito bebé.<br />
Pensei que os meses de licença me iriam ensinar a estar parada. A usufruir do momento. A não correr, a não pensar no amanhã. Nada disso aconteceu.<br />
Os relógios, as agendas, as correrias, começaram logo no segundo mês. Há alturas em que lamento que tenha sido assim, fora do nosso ritmo. Mas também sei que fiz o que tinha que ser feito. Fiz, talvez fora do tempo, uma mudança que veio melhorar a nossa vida. Que muitas vezes me obriga a trabalhar muitas horas seguidas mas que me permite ter a minha família comigo quando quero.<br />
Desde aí A Rainha das Cores parou. O estúdio de trabalho lá em casa está desarrumado e acumula coisas. A máquina de costura está parada. Não sei quando voltará a trabalhar. Mas sei que vai, um dia.<br />
Entretanto, por entre a correria dos dias, continuo a ter vontade de escrever. Para a minha bebé, à medida que ela cresce, para me lembrar quão pequenina ela já foi. Para que ela um dia possa ler. Para me ouvir a mim mesma, no meio desta experiência tão absorvente, desgastante e maravilhosa que é ser mãe.<br />
Estou de volta aqui.rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3311249606407703651.post-83942522144064914582015-07-25T17:30:00.001+01:002015-07-25T17:30:23.752+01:00[Amamentar: Criar ao peito; aleitar; dar de mamar a. Nutrir; alimentar]Antes de estar grávida nunca tinha pensado muito no assunto, mas ao longo da gravidez percebi que iria querer amamentar.<br />
Procurei toda a informação necessária, afastei os mitos que continuam a ter tanto peso - não, não há leites fracos, nem há mães que não produzam leite..., enchi-me de uma confiança serena e solicitei as enfermeiras do hospital vezes sem fim. Pensei - "já que tenho que estar 4 dias no hospital pelo menos vou fazer isto render e usufruir da ajuda constante de profissionais especializados".<br />
Dizia confiante que o objectivo era amamentar até aos 6 meses, mas sem saber o que nos iria esperar. Sem saber por exemplo que a licença de maternidade iria ser vivida de forma corrida, já que com a bebé ainda muito pequenina um projecto profissional novo se atravessou à nossa frente.<br />
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Os meses passaram e aqui estamos, prestes a chegar aos 6 meses de amamentação exclusiva.<br />
Olhando para trás, vejo dias de perfeito malabarismo, momentos de muito cansaço, encontros aborrecidos com a bomba que continua a ser um objecto com que não simpatizo, mas acima de tudo incontáveis momentos de puro deleite entre as duas, muitas ocasiões em que ter o leite ali prontinho e à mão se mostrou o esquema mais prático e a sensação incrível de fazer o que é mais orgânico e natural - alimentar e fazer crescer um filho com o nosso próprio corpo.<br />
Ao longo destes meses ouvi inúmeras vezes pessoas a dizer-me que 'se tivesse sorte iria ter leite', a perguntar-me porque estava a dar de mamar outra vez quando o tinha acabado de fazer há uma hora atrás, que se calhar estava a ficar com pouco leite porque não se via nada a sair, para ter cuidado que a menina ía ficar com o vício da mama, que não a devia deixar adormecer a mamar porque senão não ía conseguir dormir de outra forma... Agora que se aproxima a altura de acrescentar outros alimentos ao cardápio, o discurso adapta-se. Dizem agora que é altura de deixar a mama porque o leite da mãe já não alimenta nada, porque é preciso habituar a menina a comer a papa e porque se ela continua apegada vai ser como aquelas crianças que ainda são grandes e andam atrás da mama da mãe.<br />
Tristemente, estas vozes são sempre de mulheres.<br />
Deixam-me realmente triste, não por mim, porque a mim não me convencem, mas por elas. Pela tamanha falta de informação. Gostava de ter podido estar lá, ao lado delas, há 1 ano, há 30 ou há 60, porque as vozes têm idades diferentes, e dizer-lhes que não é bem assim. Que salvo raras excepções. se quiserem podem amamentar o tempo que quiserem, que se tiverem dificuldade podem procurar ajuda, que o leite materno é o alimento mais saudável e completo. Que amamentar é ainda mais do que alimentar e que não faz mal deixar o bebé procurar também conforto (agradeço do coração uma enfermeira chefe do hospital de S. João que esteve mais de meia hora connosco a insistir neste aspecto. Agradeço todas as enfermeiras que insistiram para esquecer a história dos 15 minutos de um lado e 15 do outro.)<br />
Deixa-me triste que a indústria de leites artificiais, de chupetas e de biberons tenha feito e continue a fazer uma campanha tão forte que tenha descontinuado a sabedoria milenar que as mulheres sempre tiveram (e que continua a existir em algumas partes do mundo) de que o leite materno é o melhor alimento para os bebés e que é aconselhado exclusivamente até aos 6 meses e depois até aos 2 anos, no mínimo.<br />
Prestes a chegar aos 6 meses de amamentação, o objectivo é agora prolongá-la enquanto continuar a ser do interesse das duas. A esta sensação de quem faz o que nos parece o mais natural... soma-se um sentimento de orgulho, que não precisava de existir mas que surge só pelo facto de se ter que ouvir tantas vozes desmotivantes.<br />
Contudo, não fizemos tudo sozinhas e as pessoas a quem tenho que agradecer o apoio são, ironicamente, dois homens. Um, o melhor pai e companheiro nesta aventura, que esteve lá desde o primeiro minuto, que ao 2º dia chegava ao hospital a correr e ligeiramente atrasado porque tinha ido comprar uma almofada de amamentação antes mesmo de eu pedir, que vem sempre ver se estamos suficientemente cómodas, que foi incansável durante a fase em que esteve de licença e em que andou literalmente atrás de nós para poder ajudar nos momentos em que fosse necessário e que se divertiu a registar grande parte dos sítios onde paramos para mamar. O outro, o melhor sócio, que teve a coragem de começar um negócio com uma recém-mãe e que compreendeu sem medo, que o bebé seria a minha prioridade mas que ainda assim tudo seria possível. Que teve a eterna paciência para esperar à porta de casa porque nos atrasávamos quase sempre a sair, para aceitar que era preciso parar tudo porque havia um bebé com fome mais uma vez e porque encarou com naturalidade que muitas reuniões acontecessem com um bebé agarrado à mama - com decoradores, com arquitectos, no banco, no notário, no contabilista.<br />
Devo-lhes termos conseguido chegar até aqui.<br />
OBRIGADA!rainha das coreshttp://www.blogger.com/profile/02666931979815806554noreply@blogger.com1